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Com mega projeto, consórcio arremata concessão do novo cemitério em Sinop

  • Camila
  • 28 de jul.
  • 4 min de leitura

28 de Julho de 2025 às 09h04

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O consórcio formado pela Religare Gestão Cemiterial e o Grupo Sinop arrematou a concessão 004/2025, lançada pela prefeitura de Sinop para construção de um novo cemitério municipal. As propostas foram abertas na manhã desta sexta-feira (25). Apenas uma proposta foi apresentada. Provavelmente seria a vencedora mesmo com outros concorrentes.



O projeto apresentado pelo consórcio foi descomunalmente acima do que o edital de licitação delimitou como mínimo. Para transmitir a concessão do novo cemitério por 20 anos, a prefeitura estabeleceu uma área mínima de 30 mil metros quadrados e a implantação de pelo menos 17 mil sepulturas – além de uma série de estruturas que deveriam integrar o complexo. Desde que a concessão foi lançada, em 18 de junho desse ano, o GC Notícias conversou com algumas empresas, de outros municípios de Mato Grosso e também de fora do Estado, afim de avaliar os parâmetros projetados pela prefeitura de Sinop para o novo cemitério. Todos empreendedores do ramo consideravam o empreendimento superdimensionado e economicamente problemático, uma vez que levariam mais de uma década para o retorno do investimento.



A conta que o Consórcio fez foi diferente. A proposta apresentada foi de implantar um cemitério em uma área de 253 mil metros quadrados – 8 vezes e meia maior do que o estimado pela prefeitura. O projeto contempla 104.904 sepulturas, 6 vezes mais do que o piso do edital.



O empreendimento vem sendo desenhado há mais de um ano. Em fevereiro de 2024 foi aberta a empresa Parque Memorial Sinop Ltda. Em maio essa empresa apresentou um pedido de licenciamento ambiental junto a SEMA (Secretaria Estadual de Meio Ambiente), para a atividade de cemitério. Em agosto esse CNPJ já tinha uma área com Licença Prévia pra esse tipo de empreendimento. “Durante esse tempo fomos realizando o projeto, mas como se trata de uma atividade regulamentada pela prefeitura de Sinop, era preciso aguardar uma concessão pública”, explicou Thiago Ferreira, sócio-administrador da Religare.



A Religare é uma empresa de Goiânia que já participou do processo de implantação de 3 cemitérios privados em Goiás e também na Bahia. A empresa também acumula experiência na gestão de cemitérios. Ela é a cabeça dessa sociedade. O Grupo Sinop viabilizou a área para implantação. Um investidor privado, responsável pelos investimentos iniciais, também integra o consórcio.


O Parque Memorial Sinop – como vai se chamar o primeiro cemitério privado da cidade – será implantado em uma área na MT-140, a cerca de 7 km do entroncamento com a BR-163. O mega projeto, com uma capacidade de sepultamento 10 vezes maior que o atual cemitério, contempla ainda 23 mil metros quadrados de ruas, estacionamento, praças e áreas de circulação, ossário, sede administrativa, capela, 8 salas de velório com suíte e copa. “Tudo em Sinop é muito bem construído. A cidade é muito bela. Então é uma obrigação fazer um projeto de cemitério a altura de Sinop”, comentou o gestor da Religare.

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As sepulturas, que foram a moeda de disputa da licitação, terão 9 metros quadrados cada, divididos em 17.484 jazigos com 6 gavetas. A tumba terá duas configurações. Serão 99.600 sepulturas do chamado “modelo Standard” e outras 5.304 sepulturas do modelo “Vip”.



No edital de licitação a prefeitura exigia que pelo menos 5% das sepulturas do cemitério fossem destinadas ao município – para atender a população carente e indigentes. Esse percentual aumenta para 10% em casos de pandemia. Essa “cota” deveria ser entregue no período de 18 meses a partir do início do contrato. Como apresentou um projeto maior, o Parque Memorial fez uma contra partida.



A empresa se comprometeu a assumir todos os sepultamentos sociais e de indigentes até que a cota de 5% (ou 10%), seja cumprida. Ferreira explica que o projeto do novo cemitério deve ser implantado em etapas e que nesses termos o primeiro módulo do empreendimento seria basicamente formado por sepulturas da prefeitura. A ideia é garantir que o serviço social seja feito, sem impactar todo o empreendimento.



Segundo Ferreira, cerca de R$ 12,5 milhões devem ser investidos nessa primeira etapa e a implantação deve ocorrer em 10 meses.



A concessão lançada pela prefeitura tem como objetivo corrigir um déficit estrutural de mais de uma década. Há pelo menos 10 anos o único cemitério do município registra uma superlotação. Expansões foram feitas, ruas transformadas em sepulturas e gavetas verticais foram implantadas. Atualmente com mais de 10 mil pessoas sepultadas, o cemitério, no centro da cidade e sem espaço para expansão é um aviso que sem um novo empreendimento dessa natureza, em breve o sinopense não terá onde cair morte.


Mas e a conta?


O consórcio vai arcar com a área, a infraestrutura e a gestão do novo cemitério parque e em contrapartida serão os únicos da cidade nesse segmento pelos próximos 20 anos.



A proposta de preço apresentada pelo consórcio traz uma tabela da previsão de quanto vai custar cada serviço. Para comprar um jazigo Standart, com 3 sepulturas, o interessado vai desembolsar R$ 31.500,00. Em uma conta ligeira, pouco mais de R$ 1,1 mil o metro quadrado – já não é o metro quadrado mais caro da cidade. Os jazigos Vip, com 3 sepulturas, tem um preço estimado de R$ 45 mil.



O restante do “negócio” são serviços. O sepultamento custará R$ 800,00, a exumação R$ 950,00, a utilização da capela mortuária R$ 3 mil e a sala de velório R$ 1.500,00. O Parque Memorial vai trabalhar com uma taxa de manutenção anual de R$ 750,00.


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