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Brasileira intoxicada por metanol começa a recuperar a visão

  • Foto do escritor: Matheus Barcelos
    Matheus Barcelos
  • 3 de nov.
  • 2 min de leitura
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A designer de interiores brasileira Radharani Domingos, de 43 anos, começou a apresentar melhora na visão após ter sido intoxicada por metanol na bebida alcoólica consumida em um bar de São Paulo. Após ficar em coma e 15 dias internada, Radharani contou que tem conseguido enxergar novamente, ainda que de forma limitada.


Ela consumiu bebida adulterada com metanol nos Jardins, na Zona Oeste da capital paulista. O tratamento, conduzido por um neuro-oftalmologista, tem ajudado a restaurar parte da capacidade visual que havia sido comprometida pela substância tóxica.


A recuperação traz esperança tantos casos semelhantes ao de Radharani. Foram 59 casos confirmados e 7 mortes em 5 estados e no Distrito Federal, até o dia 29 de outubro.


Recuperação gradual da visão


Em entrevista à TV Globo, Radharani relatou que o processo de recuperação tem sido lento, mas constante. Segundo ela, ainda há uma espécie de “neblina” na visão, mas já é possível distinguir formas e diferenças entre objetos e cores.


“É uma visão escura, nebulosa. Parece que tem uma neblina, mas vejo que está melhorando um pouquinho a cada dia. Já consigo perceber que há um móvel, o sofá, e que têm cores diferentes. Está melhorando devagar, mas está melhorando. Isso para mim é um alívio gigante”, afirmou.


A melhora tem sido acompanhada por médicos especialistas, que seguem avaliando a evolução do quadro. Apesar de ainda não haver previsão de recuperação total, o avanço é considerado um sinal positivo, já que casos de intoxicação por metanol costumam deixar sequelas graves e permanentes.


Intoxicação grave e risco de morte


O laudo médico apontou que o corpo de Radharani apresentava quatro vezes mais metanol do que o suficiente para causar coma profundo ou morte. A concentração urinária era de 415,90 mg/l, níveil que, segundo especialistas, supera com folga o limite de segurança.


De acordo com médicos consultados pelo portal g1, valores acima de 100 a 150 mg/l já representam risco elevado de lesão cerebral e falência de órgãos.


O metanol é um álcool de uso industrial, encontrado em solventes e produtos de limpeza. Quando ingerido, é transformado pelo fígado em compostos tóxicos que afetam o sistema nervoso, podendo causar cegueira, insuficiência renal, falência pulmonar e até a morte.


Pedido por justiça e fiscalização


Mesmo diante da recuperação, Radharani demonstrou preocupação com a falta de avanços na investigação sobre o caso. Ela cobra mais rigor das autoridades e responsabilidade dos estabelecimentos que vendem bebidas ao público.


“A gente não pode sair para tomar uma caipirinha e quase morrer. É preciso saber que o local onde se consome algo é responsável pelo que oferece e que as autoridades estão fiscalizando isso”, destacou.


A designer reforçou que a experiência serviu como alerta e que espera uma resposta firme sobre o ocorrido. O caso segue em apuração, e as autoridades investigam a origem das bebidas adulteradas que causaram a intoxicação.


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03 de novembro de 2025, às 10:02

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